O coração pode estar quebrado no fim da partida mas não adianta pensar nisso agora.
O jogo começou... estamos nos primeiros minutos do primeiro tempo, a alegria toma conta de nós, fomos selecionados para essa partida... Somos os escolhidos e isso já é uma vitória.
Habitam dentro de nós a expectativa, o nervosismo e a disposição. Os torcedores gritam, as vezes nossos nomes mas independente disso, só a vibração do momento faz nossos corações darem pulos de alegria. Corremos atrás da bola como se a nossa vida dependesse disso. Com os olhos nos nossos adversários, queremos um jogo limpo, uma competição justa, e nos achamos capazes de vencer nessas condições, mas nem sempre isso ocorre.
Acontecem faltas no decorrer da partida, faltas nossas, faltas contra nós, mas estamos lá, dando o melhor de nós, querendo naquele momento a vitória mais que tudo. Termina o primeiro tempo com a indiferença do empate... O 0X0 nos corrói. O técnico orienta porque viu tudo de fora e acha que sabe tudo, que na prática é tudo tão fácil como em sua cabeça. Ouvimos como soldados prontos para uma nova batalha. recomeça o jogo. O adversário sabe das nossas falhas tanto quanto sabemos das deles. De rente, não fomos bons o suficiente pra evitar um gol. O coração parece que pára. Segundos intermináveis antes da ficha realmente cair. Tentamos tirar forças de onde não existe mais. A cada minuto que o tempo avança parece que nada irá mudar. De repente um pênalti a nosso favor, o céu se abre, nem tudo está perdido, O batedor chuta, O goleiro defende. O som da nossa torcida mais parece um foice nos cortando. O jogo segue, Terminamos derrotados nessa partida. Parece que nada mais importa, que tudo acabou. Quantos "ses" povoam nossos pensamentos, se tivesse passado, se tivesse chutado, se tivesse defendido. Mas de nada vale pensar nisso agora. Era pra ser assim porque não estávamos prontos pra essa vitória, mas quem se importa com isso? Queríamos a vitória e pronto! Mas na vida não é bem assim, nada é assim. Nos preparamos (ou não) para a vitória e por isso a desejamos, mas se ela não vem... O que fazer? A quem culpar?
São perguntas que na maioria das vezes nem resposta tem.
Pior do que não conseguir é a sensação de "quase ter conseguido". O "quase" é um problema muito sério.
O gosto doce da quase vitória se transformando no amargo fel do fracasso.
Aos que me vencem ou presenciam a minha derrota.
Mostrem-me as minhas falhas, ajudem-me a vencer da próxima vez mas nunca me digam que eu quase consegui. Limitem-se a deixar claro. Você perdeu, ponto.

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